sexta-feira, 15 de abril de 2011

Fantasma dos vivos

Os fantasmas dos vivos são os que mais me assombram.
Sobre a noite temida, que os meus sentidos sondam.
Quando os cães viram feras à espera de um novo ruído.
Pra cravar a certeza fatal da invasão de um bandido.
Entre os sonhos malucos perdidos no sono.
Que dissolvem com canto dos pássaros cedo.
Que euforicamente proclamam no mundo.
Essa noite foi morta por culpa do medo.

Os fantasmas dos vivos são os que mais me assombram.
Sobre o escândalo insistente de um telefonema.
Ou da música fúnebre de uma campainha.
De quem quer energia roubada do tempo.
Precioso e apressado e que escapa entre os dedos
Que aprisionam anéis que aprisionam anéis.
Só pra ter o prazer de dizer que é dono,
de um bem que não tem nada a ver com mercado.

Os fantasmas dos vivos são os que mais me assombram, pois são eles a quem se deve temer!

11.10.2010

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